Incômodo e atração | Entrevista com Alê Motta

Alê Motta (@alemotta_albuquerque) nasceu em São Fidélis, interior do estado do Rio de Janeiro. É arquiteta formada pela UFRJ. Participou da antologia 14 novos autores brasileiros, organizada pela escritora Adriana Lisboa. É autora de Interrompidos (Editora Reformatório, 2017) e Velhos (Editora Reformatório, 2020). É colunista da Revista Vício Velho.

Para ela, a vida é a maior aliada que uma escritora pode ter. E é preciso, segundo ela, estabelecer uma uma relação intensa com o texto, “cortando, se apaixonando pelo texto, abandonando-o.”



O que a escrita causa em você?

Alegria, incômodo, euforia, pavor. Um pouco de tudo. É bom demais! 

Qual a maior aventura de um escritor?

Escrever. 

Que livro você gostaria de ter escrito?

Cem anos de solidão

Que livro você jamais escreveria?

Cem anos de solidão

O que ainda falta ser dito em literatura?

Tudo. Sempre há algo a ser dito, ainda que os assuntos e as questões se repitam. Na Literatura, o que é velho se renova. 

Livro bom é…

O livro que agarra, incomoda. O livro que não conseguimos abandonar e tampouco esquecer.

Escritora é uma criatura…

Esquisita.

Qual o papel de uma escritora na sociedade?

Observar e tentar colocar no papel, ou na tela, as angústias, as alegrias e as surpresas da vida. 

Qual o maior aliado de uma escritora?

Eita… A vida!

Como encontrar a palavra certa, o termo justo, a frase ideal?

Cortando. Se apaixonando pelo texto, abandonando o texto. Repetidamente. Uma relação louca e intensa. ?

O quê que não dá para ser dito com palavras?

Sentimentos e emoções que travam nossas mãos. 

Se você pudesse, o que diria para o algoritmo?

Não faço ideia. 

E se você pudesse mudar o lema da bandeira nacional para um que representasse o Brasil atual, para qual seria?

Desordem e desamor.

Qual a melhor maneira de encarar a página em branco?

Encarando, seja como for! ?

Qual a sua maior alegria ao escrever?

Ver a narrativa surgir, se expandir, mexer comigo. Embrulhar meu estômago, ou tirar de mim mil sorrisos não-planejados. 

Se você não pudesse mais escrever, o que faria?

Leria. Muito. Mas tentaria escrever escondido ? 

A literatura em uma palavra.

Podem ser duas? (Serei rebelde e responderei duas) – Incômodo e atração. 

Qual a coisa mais importante que você aprendeu com a escrita?

Ainda estou aprendendo. Diariamente, muitas coisas. O valor da paciência seria uma delas.

Qual sua definição de felicidade?

Ajudar alguém que necessita. 

O que faz você continuar escrevendo?

Não consigo não escrever. Amo! 


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