Livro sem nome na mídia
Resenha no Jornal Le Monde Diplomatique Brasil

Ainda que algumas obras chamem a atenção por conta de seus enredos mirabolantes, a matéria-prima da literatura continua a ser a linguagem. Essa constatação parece óbvia, mas construir um texto que se preocupa com cada palavra escolhida e que está disposto a fugir do lugar-comum no que diz respeito à narração não é tarefa fácil.
O escritor Paulo Henrique Passos certamente sabe isso muito bem, já que seu romance de estreia, “Livro sem nome”, é um ótimo exemplo de técnica, inovação e sensibilidade.
Resenha na Revista O Odisseu

O que pode ser dito
Percebi, quando sentei para escrever a resenha, que tudo o que anotei sobre o livro parece dar mais conta de reflexões que eu tive a partir da leitura que sobre o livro em si. A leitura suscitou muitos e importantes pensamentos sobre a nossa própria humanidade e como nós, enquanto seres que se constituem a partir da comunicação, perdemos a nossa humanidade na ausência completa da comunicação.
O que eu posso dizer sobre “Livro Sem Nome” é que se trata precisamente de um livro sobre a despersonalização e a desrealização, patologias que parecem dar conta de explicar o que Layla experimenta uma vez que se despe de sua fala para ouvir o que diz o silêncio. Nesse sentido, é uma obra que segue a tradição de romances como “A Paixão Segundo G.H”, de Clarice Lispector.
Entrevista na Revista O Odisseu

Ewerton: Conte um pouco sobre como surgiu a ideia do livro.
Paulo: Como quase sempre acontece comigo, a ideia surgiu a partir do título. E curiosamente, confirmando o teor temático e estrutural do Livro sem nome – e só percebo isso agora – o título desse livro surgiu da ausência de um título. Numa anotação inicial para um futuro projeto de livro, rascunhei no computador umas ideias e salvei o arquivo como Livro sem nome, mas apenas pelo fato de ainda não ter um título. Depois, quando fui começar a trabalhar aquelas ideias rascunhadas, percebi que eu podia adotar Livro sem nome como título.
Resenha no site Carlos Moreno

Paulo Henrique Passos nos apresenta uma obra que, sob uma premissa simples – a fabulação – constrói uma obra de múltiplas camadas e nuances. O leitor se depara com uma estrutura fragmentada, composta por narrativas curtas e aparentemente independentes, mas que, como apontado, emendam-se perfeitamente, revelando uma arquitetura sofisticada por trás da simplicidade inicial. Esse jogo narrativo, ao invés de criar distância, aproxima, convidando o leitor a participar ativamente do processo de construção de sentido.

Resenha no site Alerta PB

Paulo Henrique Passos se destaca pela capacidade de surpreender seus leitores, abrindo novas perspectivas com sua escrita inventiva. Seu trabalho estabelece um diálogo criativo e transformador com a ficção contemporânea, consolidando-o como um autor essencial no cenário literário atual.