Enxergar o oculto | Entrevista com Jacques Fux

Jacques Fux é escritor, pesquisador, professor e tradutor, nascido em Belo Horizonte em 1977. Formado em Matemática, Mestre em Ciência da Computação, Doutor em Literatura Comparada pela UFMG e Docteur em Langue, Littérature et Civilisation Françaises pela Université de Lille 3, na França. Venceu o Prêmio São Paulo de Literatura de 2013 com o livro Antiterapias. Autor também de Literatura e Matemática: Jorge Luis Borges, Georges Perec e o Oulipo (Prêmio Capes de Melhor Tese do Brasil de Letras/Linguística), Brochadas: confissões sexuais de um jovem escritor, Meshugá: um romance sobre a loucura, Nobel e, mais recentemente, As coisas de que não me lembro, sou.

Para ele, o escritor está numa constante busca por dizer as coisas. E a diversão deve ser uma das marcas de um bom livro.



O que a escrita causa em você?

Satisfação, angústia e pulsão.

Qual a maior aventura de um escritor?

Escrever um livro. 

Que livro você gostaria de ter escrito?

A vida pela frente (Romain Gary): engraçado, inteligente, interessante.

Que livro você jamais escreveria?

Grande Sertão Veredas: é maravilhoso demais! Um livro de encantos e encantamentos, minha maior admiração.

O que ainda falta ser dito em literatura?

Acho que nada. E acho que tudo também!

Livro bom é…

inteligente, divertido, bem escrito.

Escritor é uma criatura…

que vive nos seus mundos e ficções.

Qual o papel de um escritor na sociedade?

Talvez tentar enxergar o que não esteja (ou seja) óbvio. 

Qual o maior aliado de um escritor?

Leitura. 

Como encontrar a palavra certa, o termo justo, a frase ideal?

Com muitas e muitas reescritas. 

O quê que não dá para ser dito com palavras?

Quase tudo. Mas a tarefa do escritor é permanecer buscando. 

Se você pudesse, o que diria para o algoritmo?

Torne-me um best-seller! 

E se você pudesse mudar o lema da bandeira nacional para um que representasse o Brasil atual, para qual seria?

Brochadas (fazendo alusão ao meu livro) 

Qual a sua maior alegria ao escrever?

O livro chegando nas mãos dos leitores. 

Se você não pudesse mais escrever, o que faria?

Continuaria sonhando com a escrita. 

A literatura em uma palavra.

Dedicação.

Qual a coisa mais importante que você aprendeu com a escrita?

Tentar viver um dia de cada vez – apesar de sonhar com todos os dias juntos. 

O que faz você continuar escrevendo?

A paixão pelos livros. 


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