A euforia de escrever | Entrevista com Luiz Antonio de Assis Brasil

Luiz Antonio de Assis Brasil (laab.com.br) nasceu em Porto Alegre no ano de 1945, onde reside. É romancista, ensaísta e cronista. É professor Titular da Faculdade de Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ministrante da Oficina de Criação Literária do Programa de Pós-Graduação em Letras da Faculdade de Letras da PUCRS, desde 1985 [40 antologias publicadas] e Coordenador-Geral do DELFOS Espaço de Documentação e Memória Cultural, da PUCRS. Autor de Escrever ficção: um manual de criação literária (2019), O inverno e depois (2019), Figura na sombra (2012), Música perdida (2006 – Finalista do Prêmio Jabuti e Vencedor da Copa de Literatura Brasilieira), A margem imóvel do rio (2003 – Vencedor do Prêmio Portugal Telecom e 2º classificado do Prêmio Jabuti), O pintor de retratos (2001 – Prêmio Machado de Assis), entre outros.

Para ele, ter um excelente repertório de leitura é fundamental para escrever. E reconhecer que “a alma pode ser muitas” foi uma das coisas que a literatura lhe permitiu.



O que a escrita causa em você?

Muito prazer intelectual, verdadeira euforia.  

Qual a maior aventura de um escritor?

Quando tem uma ideia literária e começa a escrevê-la

Que livro você gostaria de ter escrito?

Breve romance de sonho [de Arthur Schnitzler]

Que livro você jamais escreveria?

Guerra e paz [de Liev Tolstói]

O que ainda falta ser dito em literatura?

Tudo que ainda não foi dito, com perdão da tautologia. E aí temos uma biblioteca inteira.  

Livro bom é…

o que faz virar a página à espera da novidade que virá. 

Escritor é uma criatura…

cheia de problemas solúveis. 

Qual o papel de um escritor na sociedade?

Ser o que é, e intensamente.

Qual o maior aliado de um escritor?

O tempo.

Como encontrar a palavra certa, o termo justo, a frase ideal?

Tendo um excelente repertório de leituras. 

O quê que não dá para ser dito com palavras?

O sonho. 

Se você pudesse, o que diria para o algoritmo?

Que quando acerta, é bom fugir dele.

E se você pudesse mudar o lema da bandeira nacional para um que representasse o Brasil atual, para qual seria?

Raiva e paciência. 

Qual a sua maior alegria ao escrever?

Quando chego perto daquilo que imaginava.

Se você não pudesse mais escrever, o que faria?

Iria ler tudo o que ainda não pude ler. 

A literatura em uma palavra.

Ideia.

Qual a coisa mais importante que você aprendeu com a escrita?

Que nossa alma pode ser muitas.

O que faz você continuar escrevendo?

O desejo de que o próximo livro seja melhor do que o último. 


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